«Ana Maria Lopes nem queria acreditar no motivo que levou a GNR de Almeirim a tocar-lhe à campainha de casa, na terça-feira à tarde. Os militares levavam um mandado de captura para deter e conduzir à prisão o seu irmão, José António Oliveira, que faleceu quase há três anos. Mesmo depois de morto, foi declarado contumaz pelo Tribunal de Execução de Penas de Évora, e tem um ano e sete meses de cadeia para cumprir.
- Ana Maria Lopes, irmã do morto que a GNR de Almeirim queria prender -
"Isto é brincar com os nossos sentimentos", disse ontem Ana Maria Lopes ao CM, recordando que a família comunicou a sua morte às autoridades. José Oliveira faleceu a 30 de Setembro de 2008, aos 49 anos, no Hospital São Francisco Xavier, que na altura tentou, sem sucesso, contactar os familiares.
Os seus cinco irmãos tiveram conhecimento do óbito por mero acaso, em Janeiro deste ano, quando se preparavam para assinar uma escritura e foram informados pela Conservatória de Alpiarça.
Ana Maria Lopes julgava-o vivo, até porque nunca deixou de receber correspondência dos tribunais dirigida ao irmão. "Mas eu própria dirigi-me à GNR, poucos dias depois de saber que o meu irmão tinha morrido", conclui a mulher.»
in CM online, 11-8-2011
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